quarta-feira, 3 de junho de 2009

Os esquecidos

Da minha janela observo pessoas que passam apressadas, encolhidas e agasalhadas, ansiosos para chegar em casa. Essa onda de frio repentina, mesmo não sendo um frio intenso deixa em todos uma sensação de que é bem mais do que parece ser. Sempre que isso acontece me vem sempre à mente um belo prato de sopa, cheirosa e fumegante!
Mas da janela também vejo gente maltrapilha, tiritando de frio à procura de uma marquise para passar a noite, sujeitas à chuva e ao vento, enroladas em ralos cobertores rasgados e com certeza, famintos. Nós dentro de nosso lar cercados de todo o conforto e segurança, sabendo que nossos filhos estarão bem alimentados e protegidos do frio e da chuva. Fico pensando na insensibilidade dos nossos governantes, alheios à essas pessoas, aos sérios problemas sociais do Brasil. É inadimissível que num país rico como o nosso a desigualdade seja tão grande!
Gasta-se rios de dinheiro para sustentar a elite do poder enquanto relega ao abandono as classes menos favorecidas, os deserdados e esquecidos da sociedade...

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